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Idealizado por Tom Jobim, o Cancioneiro foi realizado após seu falecimento, a partir da compilação de sua obra comandada por Paulo Jobim, seu filho, músico e arquiteto. Minha participação no projeto gráfico da edição deveu-se ao convite da colega, designer Elianne Jobim, nora de Tom.

 

Durante a fase inicial dos trabalhos, depoimentos de Paulo Jobim revelaram focos de interesse e conceitos de Tom em relação ao Cancioneiro, entre eles, a referência a um songbook de Cole Porter, uma edição primorosa projetada e ilustrada pelo designer norte americano Milton Glaser, em que as pautas das canções são precedidas por ilustrações temáticas de abertura, relacionadas às próprias canções e à cidade de Nova Iorque.

Para o "Cancioneiro", e não, "Songbook", Tom manteria a ideia de ilustrar as aberturas das pautas musicais, contando com a participação da artista plástica Elisabeth Jobim, sua filha. Pinturas abstratas com texturas azuis, realizadas especialmente, constituíram-se como elementos de identidade visual do projeto gráfico, junto à tipografia e à diagramação.

O sistema tipográfico, em medida de pontos, compreende uma modulação de corpos com função hierárquica, dispostos em um diagrama com grid de linhas horizontais distanciadas 3 pt (ponto tipográfico), idênticas às distâncias entrelinhas do pentagrama utilizado como template no programa Finale, no qual foram digitadas as músicas. Desse modo, textos, títulos, imagens e pautas contidos em todas as páginas, superpostas, encaixam-se com precisão.

 

No projeto editorial/gráfico do Cancioneiro Jobim considera-se a precisão e o rigor atributos essenciais; reflexo da excelência da música e da poesia de Antonio Carlos Jobim​, também caracterizadas pelo rigor e precisão.

 

diagrama >

Cancioneiro Jobim /iivro e fascículos

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