Uma coleção de fotografias até então inéditas, dos primeiros contatos da comitiva Rondon com os povos nativos, motivou o projeto do livro proposto pela empresa Estúdio Oficina que seria encarregada da digitalização das imagens. Embora a edição não tenha sido concluída, considero um projeto importante, não somente pelo tema, mas também pela participação do designer Goebel Weyne.

​

Durante duas semanas seguidas nos debruçamos sobre o incrível acervo, que deveria ser devolvido ao Museu do Índio em brevíssimo tempo. Panorâmicas e séries contínuas constituíam o farto material jornalístico que induziu o conceito gráfico em que as imagens se desdobram horizontalmente e “sangram” nas páginas em sequências contínuas, como sequências de fotogramas de um filme. 

​

Em contraponto às sequências em preto e branco, fotos coloridas de utensílios de cerâmica e arte plumária, contextuais às culturas abordadas, permeiam todo livro.